por Gustavo Gomes
Fonte: Uol Notícias
É segunda-feira de carnaval. E se até a política para nesses dias e segue o calendário do país carnaval para só retornar próximo à quarta-feira cinzas, a coluna de fevereiro será um breve relato, só para não deixar o bloco passar.
Bloco? Sim, pois o que não ia ter, tá tendo, seja nas festas fechadas ou até nas ruas das cidades. Seria difícil esperar outra coisa de um mundo que teima em tentar acabar, na gripe, na chuva ou nas guerras onde nós nem mesmo um dia sonhamos em pisar.
Ainda sim, em um formato pocket, deixo um pouco do enredo do que aconteceu em fevereiro na política e que não podemos deixar de prestar atenção:
Pelo Rio de Janeiro, orquestrando um bloco em uma sapucaí às escuras, Eduardo Paes entra em conversa com o Ciro, provoca Lula e, em articulação com Lupi, presidente do PDT, consolida uma aliança entre PSD, seu partido e o PDT. O Rio entra de vez em uma espécie de prévias democratas, para saber se será Rodrigo Neves, ex-prefeito de Niterói ou Felipe Santa Cruz, ex-presidente da OAB, o candidato a governador da aliança. Paes ainda fez uma conversa com Lula onde, pelo o que tudo indica, deixou claro que não apoiará Marcelo Freixo e tentará de todas as formas oferecer uma alternativa ao Rio que não seja Castro, ou o então preferido de Lula.
Já em São Paulo o PDT afirmou lançar uma candidatura para ser o palanque nacional de Ciro, dificultando ainda mais a vida do PSOL, com Guilherme Boulos. Já na relação entre PSB e PT, Márcio França coloca que poderia apoiar Haddad e deixa a decisão para frente, de acordo com as pesquisas eleitorais.
Parece que os acordos para a construção de uma federação PT, PSB, PCdob e PV estão caminhando bem, no entanto, questões regionais ainda vão ser definidoras para este mês de março.
Tão logo começo, logo termino, até porque seria de uma dificuldade muito grande aprofundar em um texto desses, numa segunda de carnaval. Não só por você leitor, mas pelo barulho do tambor que faz vibrar a minha janela
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